quinta-feira, 23 de julho de 2009

Elocubrações


Durante muito tempo, nas minhas infindáveis conversas com o Universo eu o pedi que me ensinasse a amar. Afe... Mal sabia eu o caminho a trilhar! E ainda não o sei...
Mas o certo é que o Universo conspira a nosso favor, e responde rapidinho ao nossos pedidos... Ele chega a ser (louvadamente) implacável.

As lições vieram duras, afinal, para o amor me habitar era preciso me disponibilizar.
Sim, abrir meu coração e deixar ir (sem apego) a falsa segurança que o habitava.
Medo... Mas era preciso permitir que a vida se movimentasse em mim, transcendendo meus velhos e conhecidos limites, transformação.

Outro dia meu Amado me disse: “Amar exige Maestria”. Sim, MAESTRIA, e não mestria. Fiquei encantada com isso. A vida é uma sinfonia onde o amor é o regente, nosso maestro. Ele tenta, erra, tenta outra vez, harmoniza e expressa os sons, e dita os tons da alma nessa sinfonia mágica e misteriosa.

Eu na minha insignificante pequenez de aprendiz de Maestro, procuro conhecer, reconhecer, perdoar e transcender meus erros e tropeços (que são maiores do que eu gostaria) no intuito de afinar a destoante melodia e fluir em harmonia e completude (coisa que nem sempre consigo fazer).

E nesse mistério descobri, não sem dor e lágrimas (muitas...) que as coisas acontecem a seu próprio tempo, que as pessoas não são como eu gostaria que elas fossem, que eu não tenho controle sobre absolutamente nada. As coisas, e as pessoas são o que elas são!

Descobri ainda que a única coisa que posso realmente fazer é manter meu coração aberto, confiando que a vida cuida da vida. E que essa é a maior beleza do Universo. E assim, entre trancos e barrancos e sem nenhuma explicação o amor se revela e acontece em mim.

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